Uma dieta livre de trigo pode fornecer a chave para a redução de dores das portadoras de Endometriose. MILLS (2002) relatam em suas pesquisas que o trigo traz como consequência à redução de absorção de micronutrientes e uma variedade de manifestações clínicas em mulheres com endometriose. Com a retirada do trigo na dieta, tendo como resultado melhoras significativas na dor.
O estudo de MARZIALI (2012) avaliou um grupo de 207 mulheres com dores pélvicas crônica relacionada à endometriose, no período de 12 meses com dieta livre de glúten. Resultado do grupo foi, 75% das pacientes relataram melhora estatisticamente significante da dor; 25% do grupo relataram que não houve melhora da dor; do grupo, nenhuma paciente relatou piora da dor. Nesse grupo teve um destaque importante para função física, percepção geral da saúde, vitalidade, atividade social e saúde mental. A pesquisa concluiu que após 12 meses de dieta livre de glúten, os sintomas de dor associados à endometriose foram reduzidos.
Essa sensibilidade ao trigo pode estar relacionada com a intolerância alimentar ao trigo. Estudo de STHEPHANSSON (2001) envolvendo um grupo de mulheres com doença celíaca notou-se que essas mulheres apresentaram um risco maior do desenvolvimento da Endometriose. Também há outro estudo de AGUIAR (2009) mostrando a associação da doença celíaca entre as mulheres com endometriose, pode ser clinicamente relevante.
A ciência ainda apresenta controvérsia sobre a retirada do trigo da dieta. Para as mulheres com desconfiança ou já com o diagnóstico da Endometriose, abre-se a possibilidade de retirar o trigo da dieta pelo tempo com acompanhamento de profissionais habilitados até que os resultados sejam notados, mostrando uma melhora na qualidade de vida. Além disso, a possibilidade da retirada do glúten da dieta ganha reforço não somente por evidências científicas de associação glúten/endometriose, mas também traz a discussão desse alimento ser ou não essencial à alimentação humana.
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Em 2013, ao ler o livro Barriga de Trigo, optei por uma dieta sem glúten conduzida por uma nutricionista. Primeiro ciclo menstrual com redução significativa de dor.
Depois voltei a introduzir o glúten da dieta como exceção em eventos sociais. Adaptação com sucesso até o presente momento.
Já tentaram fazer uma dieta sem glúten?
Com carinho,
Tati
Referências Bibliográficas
MILLS, D. S. et al. Endometriosis: A Key to Healing Through Nutrition. 1. ed. London: Thorsons, 2002.
MARZIALI, M. et al. Gluten-free diet: a new strategy for management of painful endometriosis related symptoms? Minerva Chir. 2012 Dec;67(6):499-504;
STHEPHANSSON, O. et al. Risk of endometriosis in 11,000 women with celiac disease. Reprodução humana. Oxford, Oct 26. 2011
AGUIAR, F.M. et al. Seroligical testi g for celiac disease in women eith endometriosis. A pilot study. Clinical and experimental obstetrics & gynecology. Montreal, 2009;36(1):23-5
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